quarta-feira, 28 de abril de 2010
Um dia vai voar
A mulher já de meia idade encostou a cabeça no travesseiro, se cobriu com o lençol na noite áspera que rondava a cidade. Naquela data fazia tanto frio, nem parecia que ela morava em um lugar relativamente quente. Ela puxou o lençol e ficou nele como se estivesse em um casulo, uma bolha. Era lá que ela sempre pensava em tudo da sua vida, antes de cair no sono. Era assim, todos os dias havia uma espécie de balanço sobre seus pensamentos, angústias e opiniões. Deve ser por isso que ela às vezes se contradiz, porque ela pensa demais, e quando vê, já mudou de opinião. Ela passa mais tempo pensando no que fez do que fazendo o que poderia fazer. Quem não te conhece que te compre, era a frase que ela mais ouvia de quem mais a conhecia. Todos sempre achavam que ela era forte, segura de si e que não mudava seu parecer frequentemente. Oh! Como são tolos. Não percebem que por dentro dessa mulher aparentemente forte e madura, ainda há uma garotinha, que ainda pensa muito nas coisas que fez, e as vezes, quase sempre, até se arrepende.
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