terça-feira, 30 de março de 2010

Good girls gone bad

Um luxuoso e elegante apartamento em um prédio da alta sociedade. A decoração da sala era baseada em vermelho-vinho e preto. O sofá, de um couro impecável, refletia a luz do sol que vinha pelo feixe de luz entre as cortinas pela janela. Essas cortinas eram negras como a noite e vinham do começo do teto até o chão, o que dava um toque a mais de elegância ao apartamento (se é que isso era possível). O cheiro que vinha do quarto era de um incenso irresistível, doce e provocante. No quarto havia uma cama de um tamanho do qual eu nunca tinha visto antes, coberta por uma colcha preta e brilhante de seda, e com três almofadas em cima dela. O que deixava a cama impecável. No chão havia dois pares de calçados de salto quinze, um preto e um branco. E pendurado na poltrona vermelha e preta, um sutiã vermelho rendado.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Te perdendo eu cresci tanto!

A marca da aliança no dedo da jovem e triste menina é evidente, não é só uma região mais pálida de seu corpo, é um tanto quando afundado, como se lá ainda houvesse um anel. Mas não há. O anel que parecia ter estado tanto tempo em seu dedo, não estava mais lá. E o motivo estava explícito em seus olhos, em suas lágrimas que pareciam se multiplicar. Ninguém consegue consolá-la, não há palavra que a faça sentir melhor, nem as piadas idiotas dos amigos que sempre serviram como um remédio para qualquer doença. Eu nunca tinha a visto chorar, era uma cena que ficaria gravada na minha memória, para sempre. E quando eu menos esperasse, ia lembrar. Tentei entrar na cabeça dela e entender o que estava acontecendo, ela só emitia um som, o soluçar de seu choro agonizante. Fui chegando perto, e deu aquele abraço forte nela. Suas lagrimas molharam minha blusa, e ela disse bem baixinho, no canto do meu ouvido: ‘ele não me quer mais’. E agora? O que eu iria dizer? eu que já me achava doutora em conselhos para casais, mesmo eu nunca tendo feito parte de um, me encontrei em uma situação ímpar, incógnita, eu não conseguia achar a solução. Deixei ela chorar tudo o que precisava, afogar suas tristezas. E quando ela enfim levantou a cabeça do meu ombro encharcado, eu disse: ‘você é forte, mostre que é capaz’. E a partir desse momento ela levantou sua cabeça, seguiu em frente e mostrou a todos a mulher forte que se escondia naquele corpo de menina.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Cautela

Sempre preferi viver minha vida sem me arriscar demais. Porque já sabia, que quanto maior o salto, maior o tombo, as experiências dos outros me mostraram isso. Mas só quem já voou alto sabe qual é a sensação do tombo que levou. E eu nunca soube disso, nunca provei, nunca estive nessa situação. Porque fui covarde, não me arrisquei. Tive preguiça de viver, deixei o tempo passar e me imortalizar nesse corpo que hoje, como sempre, estou. Demorei muito pra perceber, mas agora vai ser diferente. Já foi o tempo que eu passei só pensando, pensando, e retrucando as coisas em minha mente, agora eu vou falar. Vou dizer tudo o que sinto, tudo o que quero, tudo o que faço. Agora, pelo menos uma vez na vida, vai ser diferente.

terça-feira, 23 de março de 2010

Reação (parte 2)

Suas mãos suavam, ela estava ofegante e muito pálido. Sentia o suor em suas mãos e enxugava-o de sua testa. Seus olhos não paravam de girar. Ela estava balançando as pernas inquietamente. No meio de tanto se concentrar ela até parecia se distrair. Roia as unhas sem parar, até que seu dedo começou a sangrar, ela ficou bravo e deu um soco no chão para aliviar a sua raiva. Dava pra perceber o sangue pulsando cada vez mais rápido em suas veias. Ela realmente estava nervosa.


quarta-feira, 17 de março de 2010

Reação

Eu hesitei. Minhas pernas tremeram e eu senti meu mundo cair. Minhas mãos começaram a suar como eu nunca havia suado antes. Eu tentava gritar, batia nas paredes tentando sair, mas era tudo em vão. Era só eu e a ameaça. Três minutos e quarenta e dois segundos de vida restante. O tique-taque do relógio me fazia ficar mais nervoso do que eu já estava, precisava pensar em algo, rápido. Quando...

Chegou

Calças tamanho 36 já não entram mais. Agora fica feio ela sair usando aquela mini saia que ficava tão bem em seu corpo! Os primeiros fios brancos já apareceram, e ela acabou de tingir o cabelo! Calores são cada vez mais frequentes, e os dentes ficam dia pós dia mais amarelados, porque além de seu fiel companheiro, cigarro, um dia eles não aguentariam mais. Ela já não pode largar os óculos, porque fica cega sem eles. Seu sutiã não fecha mais no primeiro fechinho, mas lá para o terceiro, quarto. A idade chegou para ela, também

terça-feira, 9 de março de 2010

Relato de um sonho

O final chegou. E como todos dizem, era eu contra eu mesma. Não tinha pra onde fugir ou se esconder. Para cada lado que eu olhava só via o meu reflexo. Era lúdico, fantástico. Mas ao mesmo tempo aterrorizante. Fim. Os últimos confetes foram jogados, todos já tiravam suas fantasias. Mas eu não conseguia tirar a minha. Que por algum motivo (ou não) era de palhaço. Estava tudo escuro. Eu procurava por algo incerto. E minha única certeza era de não achar nada. “Não adianta gritar” eu ouvi a voz dizer...

ps. eu sonho coisas bizarras.

quinta-feira, 4 de março de 2010

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Fácil é dizer 'não fica assim, ele volta', difícil é se colocar na pele de quem está ouvindo isso. E quando você se coloca, é que você vê como é ruim estar nessa situação. Às vezes nem é necessário se colocar no lugar dela, ela só precisar ser muito próxima de você. como uma irmã, um órgão vital. Aí sim você percebe a dor do seu irmão, a pior dor que possa existir. A dor da perda. E não há nada a se fazer, só lamentar e dizer que o tempo vai curar isso. Não to com cabeça pra nada, preciso de um tempo pra pensar. A final, o que é que o tempo não cura? O TEMPO RUIM VAI PASSAR, É SÓ UMA FASE.

'mas é assim, e a gente vai levando... Sempre caindo, mas sempre levantando '

terça-feira, 2 de março de 2010

E se foi

Foi-se todo o mal acumulado, e as manhãs de ressaca no domingo tedioso. Foram-se as lágrimas derramadas com ou sem motivo concreto, também se foram alguns que precisavam ir. Foram-se as brigas que aconteceram durante esse período de 365 dias, onde os dias parecem ser longos. Mas quando menos percebemos, já estamos estourando os fogos novamente. Coisa louca! Reclamamos tanto todos os dias, e no ultimo, só agradecemos e pedimos bis. Há de ser melhor! TEM que ser melhor. E eu recomeço, entro em uma velha nova fase que todos passam, inclusive eu vou passar.