quarta-feira, 11 de agosto de 2010

.

Ela ajoelhou em frente a um espelho qualquer, naquele lugar qualquer. Se olhou, fechou os olhos. Decidiu sentar, e sentou. De costas para o espelho então, ela cruzou seus braços e se debruçou em cima deles. Sem motivo ou razão qualquer, começou a chorar. A chorar como nunca havia chorado antes. A chorar como nunca chorou, e nunca chorará por ninguém. Chorou sozinha, deixou por um instante sua dor tomar conta de seu corpo. Ela que sempre tentou lutar contra essa dor que não tem nome, que simplesmente dói. E dói muito, a corrói por dentro. E o pior de tudo isso não é a dor em si, é desconhecê-la. É ela não ter motivo nenhum. Um tempo depois as pessoas a olharam, percebem sua tristeza repentina e a perguntam: porque choras? E ela respondeu: eu não sei. E era verdade, ela não sabia. Ela achava mesmo, estava convicta de que ia superar. Mas ela não superou. "as pessoas ao redor nunca me entendem"

Nenhum comentário:

Postar um comentário